"Depois do prémio do melhor mel ibérico em 2018, este prémio [internacional] é a prova do valor que o nosso mel tem e o reconhecimento da riqueza da paisagem e potencialidade que esta atividade tem", afirmou à agência Lusa Filipa Almeida.

A arquiteta paisagista de formação e apicultora profissional desde 2013, depois de fundar a Apijardins na sua terra de origem, Castelo Branco, enviou o mel da sua colheita de 2019 para análise, pela organização do concurso "International Taste Awards 2020".

A concurso estiveram 600 produtos oriundos de 31 países, sendo que foram submetidos à avaliação de um júri constituído por cerca de 160 pessoas das mais diversas formações.

"À última fase chegaram apenas 40 produtos. Levei dois diferentes a concurso. Como eram os dois muito bons, atribuíram-me as medalhas de prata", frisou.

Filipa Almeida alerta para o facto de a apicultura em Portugal estar a passar por um momento trágico, sobretudo devido à entrada de mel no país oriundo de países de Leste, a preços muito baixos e sem cumprirem as regras comunitárias.

"Se nada for feito para dar visibilidade à qualidade do mel português, a médio prazo, a atividade está condenada", concluiu.