Em declarações à agência Lusa em Lamego, onde hoje deu início ao primeiro Roteiro de Defesa Nacional, o governante disse que, apesar de se verificar “um crescimento de ano para ano”, há “desafios complexos” a enfrentar.

João Gomes Cravinho aludiu a um “desafio demográfico”, com “uma sociedade que está a envelhecer”, ao mesmo tempo que a economia está a crescer, o que implica que as Forças Armadas tenham “de concorrer para o recrutamento com o setor privado e com outras oportunidades que os jovens têm”.

“É um desafio que estamos lentamente a vencer, mas que vai levar alguns anos, tal como levou alguns anos a desenvolver-se a situação deficitária que temos atualmente”, frisou.

Segundo o ministro, o primeiro Roteiro de Defesa Nacional que arrancou hoje vem colmatar uma lacuna que existe, porque a sociedade portuguesa “tem insuficiente contacto” com esta área.

“O objetivo [do roteiro] não é p recrutamento, embora se resultar em algum recrutamento mais satisfeito fico”, afirmou.

João Gomes Cravinho referiu-se a estudos que apontam que “os portugueses apreciam as Forças Armadas, mas sabem pouco sobre elas e gostam mais e apreciam mais quanto sabem mais”.

“Portanto, a nossa obrigação, que é cívica, é dar a conhecer mais sobre as Forças Armadas e a Defesa Nacional”, sublinhou, acrescentando que esse esforço está a ser feito não só por si, ao sair de Lisboa e deslocar-se a várias zonas do país para contactar os cidadãos, mas também pelos responsáveis militares do Exército, da Marinha e da Força Aérea, que desenvolvem várias iniciativas.

O governante disse que, durante o roteiro, haverá oportunidade de contactar com vários tipos de público, como empresários, “porque a área das indústrias de defesa representa hoje um contributo importante no PIB”, e estudantes do ensino secundário e superior.

Até quarta-feira, o ministro vai estar em Lamego, Baião e Vila Real, no âmbito do primeiro Roteiro de Defesa Nacional.

Na terça-feira, ainda em Lamego, visitará o Centro de Tropas de Operações Especiais (unidade destinada à formação de militares na área das Operações Especiais e ao aprontamento da Força de Operações Especiais) e aquartelamentos reabilitados.

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