O governo apresentou segunda-feira as medidas do plano de resposta ao aumento de preços que compreendiam, entre outras, mais meia pensão para os reformados já em outubro. Uma antecipação dos aumentos programados para 2023, o que na prática traduz também um corte nessa atualização prevista para o próximo ano.

No entanto, há más notícias para alguns pensionistas. De acordo com as contas do DN/Dinheiro Vivo, quem receber uma média de média de 501,77 euros vai perder 252 euros anuais em 2024. Por sua vez, os beneficiários da Caixa Geral de Aposentações (CGA), com uma reforma média de 1341,99 euros, terão uma redução de 672 euros anuais.

"O DN/Dinheiro Vivo fez as contas às perdas com base na pensão média da Segurança Social que, em dezembro de 2020, se fixou nos 501,77 euros, segundo um documento complementar à proposta do Orçamento do Estado para 2022. Assim, esta prestação deveria subir 8%, ou seja, cerca de 40 euros para 541,9 euros, à luz das regras normais. Aplicando os 4,43% que agora o governo propõe, o aumento será apenas de 22 euros para cerca de 523,9 euros, uma diferença de 18 euros mensais ou de 252 euros anuais", lê-se na publicação.

Esta perda é 'compensada' com o bónus deste ano, mas também é verdade que em 2024 os pensionistas serão novamente prejudicados, dado que a "a base de cálculo para as atualizações regulares de 2024 será mais baixa: em vez dos supostos 541 euros será de 523 euros. Logo, os aumentos serão inferiores".