Entre 1 de janeiro de 2015 e hoje, "observaram-se 18 casos esporádicos de hepatite A", assim distribuídos: seis em 2015, cinco em 2016 e sete em 2017, em apenas três meses, refere em comunicado o Departamento de Saúde Pública da ARS do Centro.
"Assim, no primeiro trimestre de 2017, o número de casos observados é já superior ao total verificado em cada um daqueles anos", sublinha.
Relativamente aos sete casos deste ano, "a idade média é de 30 anos, compreendida entre os 25 e os 40 anos", segundo a ARS, presidida pelo médico de saúde pública José Tereso, indicando que os doentes em causa são seis homens e uma mulher, e que "todos estiveram internados".
Em 2015 e 2016, as pessoas infetadas com hepatite A "tinham uma idade média de 38 anos, compreendida entre os 20 e os 85 anos e eram maioritariamente do sexo masculino".
"Tendo em conta que o principal modo de transmissão da hepatite A é por via fecal-oral, através de fonte comum por ingestão de alimentos ou água contaminada ou por contacto pessoa a pessoa, a higiene pessoal, familiar e doméstica, em especial a lavagem de mãos e das zonas genitais, são altamente eficazes no controlo da transmissão desta doença", alerta a Administração Regional de Saúde, com sede em Coimbra.
A transmissão da hepatite A associada a práticas sexuais "também se tem observado, nomeadamente entre homens que fazem sexo com homens" que adotam certos comportamentos de risco.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), de 01 de janeiro a 29 de março de 2017, foram notificados em Portugal 115 casos de hepatite A, dos quais 107 confirmados laboratorialmente, e 58 doentes foram hospitalizados.
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