“A CIM da Região de Coimbra associa-se à posição da CNA para que o assunto seja discutido em plenário da Assembleia da República”, disse à agência Lusa o secretário executivo do organismo, Jorge Brito.
No final de uma reunião ordinária do Conselho Intermunicipal da CIM, realizada em Mortágua, distrito de Viseu, Jorge Brito adiantou que o apoio às iniciativas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) foi aprovado por unanimidade.
“Os territórios que foram atingidos pelos incêndios [sobretudo em 2017] estão a ser muito afetados” pelo ataque dos javalis e outros ungulados às plantações e sementeiras, numa região onde predominam a pequena propriedade e a agricultura familiar, referiu, corroborando as denúncias da CNA e associadas, como a Associação de Agricultores do Distrito de Coimbra (ADACO), que têm promovido diversas iniciativas a alertar para a situação e a exigir ao Governo medidas de apoio extraordinário.
A ordem de trabalhos da reunião do Conselho Intermunicipal da CIM, realizada nos Paços do Concelho de Mortágua, incluía um ponto intitulado “Prejuízos na agricultura provocados por javalis e outros animais selvagens – petição”.
Nos últimos anos, javalis, veados e corços regressaram aos antigos habitats da região Centro, onde agora se multiplicam e arrasam culturas, levando frequentemente as famílias a desistir das explorações.
Os incêndios de 2017, em que morreram 116 pessoas e extensas áreas florestais foram destruídas, agravaram a situação, com milhares de animais com valor cinegético a rondarem as povoações em busca de alimento.
Além dos 17 municípios que integram o distrito de Coimbra, a CIM da Região de Coimbra, com sede nesta cidade e liderada por José Carlos Alexandrino, presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, inclui os concelhos de Mortágua (Viseu) e Mealhada (Aveiro).
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