“Hoje é um dia histórico para o termalismo em Portugal, repito, um dia histórico, com o lançamento formal do regime de comparticipação do Estado no preço dos tratamentos termais prescrito nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Estamos a fazer história”, regozijou-se Victor Leal.

Na cerimónia oficial da assinatura do acordo entre o Estado e as Termas de Portugal, hoje, nas termas de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, o dirigente elogiou o Governo, “porque não se limitou a repor a comparticipação suspensa em 2011”, inovando na comparticipação.

“Evoluiu para um regime totalmente inovador que em Portugal olhou para os balneários termais como verdadeiros prestadores de cuidados de saúde e como aliados do próprio Estado e do SNS na promoção da saúde dos portugueses”, considerou.

Assim, o Estado comparticipa em 35% um conjunto de tratamentos, tendo como limite 95 euros por utente, isto, em forma de projeto-piloto para ser avaliado no primeiro trimestre de 2020, mas que, no entender de Victor Leal, “os ganhos serão enormes e comprováveis”.

O anfitrião da cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, não escondeu o “regozijo pela reposição da comparticipação”, uma vez que “valoriza e reconhece a terapêutica termal como parte integrante do SNS”, atraindo desta forma “mais pessoas para o interior”.

Vítor Figueiredo lembrou que as termas de São Pedro do Sul “são consideradas as maiores da Península Ibérica e possuem uma cota de mercado nacional que ronda os 35%”.

Adiantou que “é dos concelhos da região de Lafões que apresenta o maior número de dormidas, a seguir a Viseu, e uma estada média superior à média da região Centro e nacional”.

“As termas são muito mais do que uma estância termal, são o grande pilar do desenvolvimento económico do concelho e possuem um papel determinante no emprego local. A reposição das comparticipações irá ter um grande impacto em São Pedro do Sul”, reconheceu o autarca.

No entender de Vítor Figueiredo, não é só São Pedro do Sul que ganha, “também o termalismo a nível nacional, com reflexos imediatos no turismo e na economia nos 46 municípios com termas que se situam, em maior número, no interior do país”.

“Assim, todos os portugueses poderão ter acesso a uma riqueza natural nacional, com o apoio do SNS, que é a nossa água termal com características únicas para o tratamento e prevenção de muitas doenças, desde as reumáticas, respiratórias ou da pele, ou seja, é uma vitória de todos os portugueses”, considerou.

A cerimónia contou com a presença das secretárias de Estado da Saúde, Raquel Duarte, e do Turismo, Ana Mendes Godinho, e com outros autarcas e deputados da Assembleia da República.