“Eu seria uma das primeiras pessoas a apoiar uma NATO do Médio Oriente”, disse Abdullah numa entrevista à emissora norte-americana CNBC em Amã, citada pela agência espanhola EFE.
Abdullah disse que uma aliança militar como a estabelecida entre a América do Norte e a Europa poderia ser formada com “países com os mesmos interesses” na região.
A Jordânia trabalha ativamente com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), da qual se vê como um parceiro, e tem lutado “ombro a ombro” com as tropas da aliança durante décadas, disse o monarca.
“Gostaria de ver mais países da região entrarem nessa situação”, afirmou.
Abdullah ressalvou que o papel de uma NATO do Médio Oriente teria de ser “muito bem definido” para evitar confusões.
O monarca jordano notou que os países do Médio Oriente estão a ajudar-se mutuamente para aliviar as consequências da guerra russa na Ucrânia.
“Estamos todos juntos e a dizer como nos podemos ajudar uns aos outros, o que é, penso eu, muito invulgar para a região”, disse.
Abdullah considerou que a crise atual pode ter um lado positivo, se for encarada como um ponto de partida para os países do Médio Oriente pensaram como podem “colaborar e trabalhar juntos” na região.
A Jordânia está a braços com uma crise económica e uma grande dívida pública, o que levou a numerosos protestos de rua e a quatro remodelações governamentais num único ano no país árabe.
O Médio Oriente inclui Estados como a Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Irão, Iraque, Israel, Palestina, Síria, Turquia ou Iémen, mas também o Egito.
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