O Governo decretou três dias de luto nacional, entre sábado e segunda-feira, pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, e cerimónias fúnebres de Estado.
Felipe VI esteve também presente nas cerimónias fúnebres do antigo Presidente da República Mário Soares, em janeiro de 2017, e nessa ocasião foi recebido pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa.
O rei Felipe VI manifestou hoje o seu pesar pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio de quem destacou "o seu legado e o seu firme e profundo empenho" no fortalecimento dos laços com Espanha.
O monarca enviou um telegrama ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa onde expressou as suas "mais sinceras condolências" em seu nome, do Governo e de todos os espanhóis pela morte de Sampaio, hoje, aos 81 anos de idade, num hospital em Lisboa.
"Uma triste perda de alguém que foi sem dúvida uma grande personalidade no seu país, na Europa e América Latina e no mundo", disse Felipe VI, de acordo com a cópia do telegrama enviada à agência Lusa.
O monarca espanhol afirma que Jorge Sampaio será sempre recordado pelo "seu legado e pelo seu firme e profundo empenho em reforçar as relações entre Espanha e Portugal".
Juntamente com a Rainha Letizia, Felipe VI também transmitiu as suas condolências à viúva do falecido antigo Presidente e a todos os seus familiares, assim como o seu "afeto ao querido povo amigo de Portugal".
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já tinha lamentado hoje a morte de Jorge Sampaio, que considerou, através da sua conta na rede social Twitter, ter sido “um grande político, um grande construtor de consensos e precursor de alianças entre a esquerda" portuguesa.
Pedro Sánchez, também secretário-geral do PSOE, o partido socialista espanhol, terminou a sua curta declaração manifestando, em português, os seus sentimentos aos “entes queridos” de Jorge Sampaio e a toda a “família socialista portuguesa”.
Por seu lado, o PSOE, também através do Twitter, lamentou a morte do ex-chefe de Estado, “um grande socialista, de profundas convicções e um grande humanista.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.
Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.
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