“É necessária uma solução global e uma posição internacional firme face às tentativas do regime iraniano de desenvolver armas de destruição em massa e um programa de mísseis balísticos ou de interferir em assuntos internos de outros países, assim como de patrocinar o terrorismo”, declarou o líder saudita, designado rei em janeiro de 2015.
O formato da Assembleia-Geral das Nações Unidas este ano, com o envio das intervenções gravadas, favoreceu a participação de chefes de Estado que há muito não se deslocam ao hemiciclo.
A última vez que um monarca saudita discursou na Assembleia-Geral da ONU foi em 1957, o então rei Saud.
O rei da Arábia Saudita, um dos países que juntamente com Israel mais se opôs ao acordo nuclear do Irão com as grandes potências de 2015, também acusou Teerão de ter apoiado “o golpe de Estado” contra o presidente iemenita, Abd Rabbo Mansur Hadi, através dos rebeldes xiitas Huthi do país.
Salman reafirmou, por outro lado, o apoio de Riade ao plano norte-americano para o Médio Oriente, apresentado pelo presidente Donald Trump em janeiro e no qual se enquadra a recente normalização de relações entre Israel e os Estados do Golfo Pérsico Emirados Árabes Unidos e Bahrein, muito criticada pelos palestinianos.
“Apoiamos os esforços da atual administração dos Estados Unidos para alcançar a paz no Médio Oriente, levando palestinianos e israelitas à mesa das negociações para conseguir um acordo justo”, disse o rei saudita, que evitou mencionar diretamente os acordos assinados a semana passada em Washington entre os seus vizinhos e o Estado hebreu.
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