Inicialmente agendado para as 11:00 em Bruxelas (menos uma hora em Lisboa), o recomeço dos trabalhos da reunião extraordinária dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) foi remarcado para as 13:00, uma vez que ainda estão a decorrer encontros bilaterais e outras reuniões entre líderes europeus.
O adiamento do reinício dos trabalhos acontece quase 24 horas depois de Donald Tusk ter anunciado a interrupção do Conselho Europeu perante a impossibilidade de chegar a um compromisso sobre as nomeações para os cargos de topo.
Os líderes dos 28 chegaram à cimeira europeia às 18:00 locais de domingo (menos uma hora de Lisboa) e estiveram reunidos, a 28 mas também em encontros bilaterais e várias rondas de consultas, durante 18 horas, antes que o político polaco reconhecesse o “fracasso” das negociações e agendasse o reinício da reunião extraordinária para as 11:00 de hoje.
Depois de já ter falhado um acordo na cimeira de 20 de junho, o Conselho Europeu voltou a não entender-se, em torno das soluções propostas, com vários líderes do Partido Popular Europeu (PPE) a oporem-se à solução negociada, em Osaka, entre a chanceler alemã Angela Merkel (PPE), o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez (Socialistas) e o Presidente francês, Emmanuel Macron (Liberais), que previa a designação do socialista holandês Frans Timmermans para a presidência da Comissão Europeia.
Com a sessão constitutiva do Parlamento Europeu a decorrer hoje, resta pouco tempo aos líderes da UE para chegar a um entendimento que evite uma crise institucional na UE, e que, em último caso, forçaria a atual ‘Comissão Juncker’ a estender o seu mandato, que termina em 31 de outubro próximo.
O Parlamento Europeu já tinha decidido adiar a eleição do seu novo presidente, que estava agendada para hoje, para quarta-feira, esperando que até lá o Conselho chegue a um compromisso na negociação do ‘pacote’ das nomeações dos cargos de topo da UE.
Embora a presidência da assembleia europeia seja decidida pelos eurodeputados, é tradicionalmente também negociada “em pacote”, juntamente com a presidência da Comissão, do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e o cargo de Alto Representante para a Política Externa, de modo a serem respeitados os necessários equilíbrios (partidários, geográficos, demográficos e de género) na distribuição dos postos.
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