“As armas militares destinadas à Turquia que poderiam ser usadas nesta operação foram suspensas, sujeitas a uma análise que será realizada”, afirmou hoje o ministro na Câmara dos Comuns.
Desde o início da ofensiva turca, pelo menos 104 combatentes curdos e cerca de 60 civis morreram na sequência dos confrontos, segundo o mais recente balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
A ONU calcula que a operação já provocou cerca de 160 mil deslocados.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou hoje que a ofensiva turca no norte da Síria vai continuar até que os seus “objetivos sejam atingidos”, apesar dos apelos de Washington para que a invasão termine.
As declarações de Erdogan ocorrem um dia depois de um firme aviso do seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que endureceu o tom face à Turquia, pedindo-lhe para acabar com a sua operação militar na Síria, lançada há uma semana, e anunciando uma série de sanções.
A ofensiva turca visa afastar do nordeste da Síria as forças curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG), aliadas do ocidente na luta contra os ‘jihadistas’ do grupo Estado Islâmico (EI), mas consideradas como terroristas por Ancara, devido às ligações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, proibido na Turquia e classificado de terrorista também pelos Estados Unidos e pela União Europeia).
Segundo o presidente turco, a área libertada deverá acolher “inicialmente um milhão e depois dois milhões de refugiados sírios”, entre os mais de 3,5 milhões que se refugiaram na Turquia desde o início do conflito na Síria em 2011.
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