Isabel Capelo Gil é a primeira mulher e a primeira portuguesa na história da FIUC a liderar a federação e, em declarações à Lusa, lembrou que foi escolhida entre três candidatos: “As reitoras presentes no encontro sentiram que foi um momento de mudança”.

As mulheres, sublinhou, ainda representam uma minoria nos cargos de topo das instituições de ensino superior, “mas atualmente já existem muito mais mulheres do que há uns anos atrás”.

Criar uma rede de liderança no feminino nas universidades católicas é precisamente um dos três desafios identificados pela nova presidente da FIUC.

Manter a articulação interna entre as universidades, “algumas delas consideradas as mais poderosas do mundo, já que se encontram no ‘top’ 10 dos ‘rankings’ mundiais” é outra das missões do mandato de três anos de Isabel Gil à frente da mais antiga associação de universidades do mundo.

A nova presidente lembrou ainda que nos próximos anos vai trabalhar para que haja uma colaboração entre as universidades europeias e americanas e algumas instituições africanas, como as do Congo e dos Camarões.

Não se trata de apoio financeiro, mas de parcerias que deem mais instrumentos para a investigação daquelas instituições de ensino superior africanas, explicou.

Maior formação dos professores em mestrados e doutoramentos e mais ferramentas para os seus alunos, através de programas como a possibilidade de fazer intercâmbios entre diferentes instituições, são outros dos projetos que a nova presidente quer ver tornados realidade.

A FIUC foi fundada em 1924 e esta é a primeira vez que Portugal faz parte de um órgão de gestão da Federação.

Entre as instituições que pertencem à FIUC encontram-se o Boston College, Georgetown University, KU Leuven, University of Notre Dame Universitá Cattolica del Sacro Cuore, de Milão.