O relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) com a monitorização da situação epidemiológica da covid-19 revela também que o impacto na mortalidade é reduzido, apesar de a “mortalidade específica de covid-19 se encontrar acima do valor de referência definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC)”.

Segundo a DGS e o INSA, a mortalidade específica por covid-19 registou um valor de 25,3 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes, o que revela “uma menor velocidade de decréscimo do que a observada em períodos anteriores”.

“Este valor é superior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes, definido pelo ECDC”, refere o documento, dando conta que “a mortalidade por todas as causas se encontra dentro dos valores esperados para a época do ano, o que indica reduzido impacto da pandemia na mortalidade”.

A DGS e o INSA alerta também para a “provável inversão da tendência decrescente da mortalidade por covid-19 nos próximos dias” devido ao aumento da incidência em grupos mais vulneráveis.

O documento precisa que “a epidemia de covid-19 mantém transmissibilidade muito elevada com tendência estável”.

De acordo com o relatório de monitorização, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, por 100.000 habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 731 casos, com tendência estável a nível nacional e em todas as regiões de saúde, exceto na Região Autónoma da Madeira, que apresentou uma tendência crescente.

Na última semana, verificou-se “uma tendência crescente” nos grupos etários com idade igual ou superior a 60 anos, apesar de ser entre os 10 e 19 anos onde se regista o maior número de casos.

O mesmo documento avança igualmente que o Índice de Transmissibilidade (Rt) apresenta um valor inferior a um a nível nacional (0,97) e em todas as regiões, indicando uma tendência decrescente.

Segundo o relatório, na última semana registou-se “uma estabilização da ocupação hospitalar” por casos de covid-19 para 1.164 casos internados, mais 2% em relação à semana anterior, e nos cuidados intensivos estão 64 doentes, menos 3%.

“O número de pessoas com covid-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência estável, correspondendo a 25% (no período em análise anterior foi de 26%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”, referem as duas entidades.

A DGS e o INSA indicam que “a razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,12 com tendência estável”, sendo valor “inferior aos observados em ondas anteriores”, o que indica “uma menor gravidade da infeção do que a observada anteriormente”.

De acordo com o relatório, a linhagem BA.2 da variante Ómicron é “claramente dominante em Portugal, estimando se uma frequência relativa de 89% à data de 21 de março de 2022”.

O mesmo documento indica ainda que se está a registar uma diminuição do número de testes realizados e apela para que se mantenha “a vigilância da situação epidemiológica da covid-19”, recomendando a manutenção das medidas de proteção individual nos grupos de maior risco e a vacinação de reforço.

“As pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de internamento duas a seis vezes inferior do que as pessoas não vacinadas, entre o total de pessoas infetadas em janeiro de 2022. As pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de morte uma a duas vezes inferior ao das não vacinadas, entre o total de infetados em fevereiro de 2022. Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por covid-19 em quase três vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo”, lê-se ainda no relatório divulgado às sextas-feiras.

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