“As tendências continuam a apontar de maneira inquietante para uma catástrofe mundial”, resumiu a presidente do Boletim dos Cientistas Atómicos, Rachel Bronson.
“A guerra na Ucrânia coloca um risco constante de escalada nuclear, o ataque [do Hamas] em 07 de outubro em Israel e a guerra na Faixa de Gaza ilustram ainda mais os horrores da guerra moderna, mesmo sem escalda nuclear”, desenvolveu.
Entre outros riscos relevantes destacados por esta associação de cientistas estão a rutura climática e o facto de 2023 ter sido designado como o ano historicamente mais quente, o desgaste dos acordos de redução das armas nucleares ou ainda as ameaças de manipulação de informação colocadas pela inteligência artificial.
O Relógio do Apocalipse foi adiantado para 90 segundos para a meia-noite há um ano, o mais perto que alguma vez esteve da meia-noite, hora que serve de símbolo de algo que nunca deve acontecer.
“Atenção para que não haja enganos” quanto à manutenção da hora do Relógio do Apocalipse, alertou Bronson. “Isto não é sinal de que o mundo está estável. Pelo contrário. É urgente que os governos e os povos do mundo atuem”.
Por vezes designado o Relógio do Fim do Mundo, este indicador metafórico foi criado em 1947, perante a subida do perigo nuclear e o agravamento da tensão entre os dois blocos.
Desde então, os membros desta organização, baseada em Chicago, alargaram os critérios para incluir, por exemplo, as pandemias, a rutura climática ou a manipulação de informação.
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