“Iremos propor programas de renda acessível em que 50% das casas em concurso sejam destinadas exclusivamente a quem vive ou trabalha em Lisboa e as restantes destinadas a todos os candidatos”, adiantou a vereadora em comunicado, propondo que nas cinco freguesias do centro histórico, que sofrem maior pressão habitacional, a percentagem aumenta para 75% para quem aí vive ou trabalha, sublinhando que esta resposta se destina a dar solução a muitos que se vêem obrigados a abandonar a cidade e aos profissionais deslocados de profissões essenciais, como os enfermeiros, professores e polícias, que, por falta de habitação acessível, são forçados a recusar propostas de trabalho em Lisboa.
“A discriminação positiva nos programas de renda acessível é necessária para contrariar a saída de população das freguesias que mais têm sofrido a pressão habitacional”, afirmou a vereadora, esclarecendo que esta é uma das mais de duzentas ideias apresentadas durante o período de consulta pública da Carta Municipal de Habitação de Lisboa, que decorreu entre 7 de novembro de 2023 e 2 de fevereiro de 2024.
“A nossa prioridade para os próximos 10 anos é garantir que a propriedade pública esteja toda a uso ao serviço do aumento da oferta de habitação acessível”, sublinhou ainda a vereadora da Habitação.
Refira-se que ao longo do período de consulta pública foram recebidas 73 participações individuais e 15 participações de entidades, entre as quais 4 juntas de freguesia e uma cooperativa. Destas participações resultaram mais de duzentas ideias para a Carta Municipal de Habitação, com maior destaque para os temas do alojamento local, arrendamento acessível, população idosa e cooperativas.
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