Segundo a gestora do sistema elétrico, a produção não renovável abasteceu 13% do consumo de eletricidade naquele mês, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi ligeiramente exportador, equivalendo a cerca de 2% do consumo nacional.
Em novembro, o consumo de energia elétrica voltou a registar uma evolução positiva, com uma subida homóloga de 3,5% (ou de 3,3% com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis).
No acumulado dos primeiros 11 meses do ano, o consumo registou uma evolução homóloga marginalmente positiva, de 0,2% (ou 0,1% com correção da temperatura e dias úteis).
Num mês de novembro em que “as condições voltaram a ser favoráveis para as produções hidroelétrica e eólica”, a primeira registou um índice de produtibilidade de 2,02 (média histórica de 1), o terceiro valor mais elevado dos registos da REN para este mês (registos desde 1971).
Ainda nas hidráulicas, registou-se no dia 5 de novembro um novo máximo histórico na potência entregue à rede, 6.719 Megawatts (MW), acima dos 6.569 MW de janeiro deste ano.
Já na energia eólica, o índice mensal situou-se em 1,04, enquanto na fotovoltaica foi de 0,92.
No período de janeiro a novembro, a REN indica que os índices de produtibilidade associados às energias renováveis “estão próximos dos valores médios”, com o de energia hidráulica a registar 0,98 e os de eólica e solar ambos com 1,01.
“Desde o início do ano até ao final de novembro, a produção renovável abasteceu cerca de 59% do consumo, repartida pela eólica com 25%, hidroelétrica com 21%, fotovoltaica com 7% e biomassa com 6%”, detalha.
Quanto à produção a gás natural, abasteceu 20% do consumo e o saldo importador assegurou igualmente 20%.
No mercado de gás natural, mantém-se a tendência de queda, com uma variação homóloga global de -31% em novembro.
No segmento do mercado elétrico, condicionado pela maior disponibilidade de energia renovável este ano, registou-se uma descida homóloga de 64%, enquanto no segmento convencional, que compreende os restantes clientes, se registou também uma variação homóloga negativa, com uma descida de 2,2%.
No final de novembro, o consumo de gás natural registou uma descida homóloga de 21%, com menos 42% no segmento de produção de energia elétrica e menos 4,1% no segmento convencional.
Segundo nota a REN, no segmento convencional trata-se, mesmo, do consumo mais baixo desde 2009.
Na segunda-feira, a Agência para a Energia (Adene) tinha já informado que, em novembro, as energias renováveis abasteceram 87,3% do consumo de eletricidade em Portugal continental, com a seguinte repartição: hídrica 47,5%, eólica 30,8%, solar fotovoltaico 4,5%, e a biomassa 4,5%.
“Destaca-se a elevada queda da produção não renovável (-61%) face ao mês homólogo e do saldo voltar a ser exportador”, realçou a Adene, que destacou também os aumentos da produção hídrica (+174%) e do solar fotovoltaico (+38%).
Já a produção hidroelétrica foi superior à soma das restantes renováveis, acrescentou.
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