“Mesmo que cinco ou seis equipas trabalhem lá, levará pelo menos duas a três semanas para restaurar a linha da região de Dnipropetrovsk para Beryslav. Não menos tempo que isso, porque há danos significativos”, disse o diretor executivo do consórcio de energia DTEK, Dmytro Sakharuk, em declarações à imprensa.
O responsável da DTEK adiantou que os especialistas já percorreram 75 quilómetros de linhas danificadas de um total de 100.
“Já vimos que faltam 16 postes e que há muitos cabos no chão. Hoje terminaremos de inspecionar a área de Beryslav e Davydiv Brid e saberemos. Acho que é aí que haverá os maiores danos”, explicou.
Acrescentou que a principal tarefa agora é limpar o território para que os especialistas possam trabalhar em segurança.
As tropas russas minaram quase todas as infraestruturas críticas, que sofreram grande destruição, bem como edifícios residenciais e centros de saúde, entre outros, segundo as autoridades ucranianas.
A Vice-Primeira-Ministra e Ministra da Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados, Iryna Vereshchuk, anunciou que está a ser organizada uma retirada dos residentes da região devastada de Kherson antes da chegada do inverno, mas que não incluirá todos os cidadãos.
“Não teremos tempo para restaurar o fornecimento de energia suficiente para aquecer casas (…) não será uma evacuação em massa. Vai abranger os doentes, os idosos e aqueles que ficaram sem os cuidados dos seus familiares”, disse, citada pela agência Ukrinform.
Acrescentou que, para ajudar a população disposta a ser retirada das áreas recentemente libertadas mas devastadas da região de Kherson, estão a ser elaboradas listas e rotas, uma vez que, por razões de segurança, “os veículos terão de ser acompanhados”.
As forças russas retiraram-se há poucos dias de Kherson depois de uma ocupação que durou cerca de oito meses, deixando o caminho aberto para soldados ucranianos entrarem hoje na cidade.
A reconquista de Kherson é considerada como um dos êxitos mais significativos das forças ucranianas na guerra desencadeada com a ofensiva militar lançada pela Rússia, a 24 de fevereiro, e que ainda perdura.
Comentários