Já a fábrica da Toyota Caetano em Ovar – cuja linha de montagem está dedicada à produção do Toyota Land Cruiser série 70 — está parada desde meados de março devido à pandemia de covid-19 e não tem ainda previsão de reinício da atividade, aguardando indicações da Toyota Europa e o levantamento da cerca sanitária ao concelho.

“O caso da Toyota Caetano é muito específico, porque, como a fábrica é em Ovar, está muito dependente também do levantamento da cerca sanitária, porque tudo o que são colaboradores que não vivem no concelho não conseguem neste momento trabalhar”, disse fonte oficial do grupo Salvador Caetano em declarações à agência Lusa.

Por outro lado, acrescentou, a Toyota Motor Europe anunciou já a retoma gradual da operação das fábricas do grupo em França e na Polónia, mas não avançou ainda nenhuma decisão nesse sentido relativamente a Portugal.

Atualmente, cerca de 800 trabalhadores do grupo Salvador Caetano estão em situação de ‘lay-off’, parcial ou total.

No que diz respeito à fábrica de Vila Nova de Gaia da CaetanoBus, “em princípio a retoma da produção está a ser apontada para o dia 5 de maio, previsivelmente, e, caso haja possibilidade, poderá até retomar antes”.

Segundo a Salvador Caetano, este reinício “está muito dependente da disponibilidade das matérias-primas vindas dos fornecedores, muitos dos quais estão em Itália”, mas também do reativar da oficina da CaetanoBus em Ovar (cujas instalações são contíguas às da Toyota Caetano), já que é lá que são produzidos os chassis para os autocarros fabricados em Gaia.

De acordo com a fonte, a fábrica de Gaia está praticamente parada desde inícios de abril, mas ao longo deste tempo manteve uma centena de funcionários “a trabalhar, de modo a garantir a entrega de algumas encomendas e a preparação de alguns veículos que estão a apoiar o combate à covid-19″.

No que diz respeito ao ritmo planeado para retoma da produção diária, o grupo Salvador Caetano diz que “há vários cenários que estão a ser estudados” e ressalva que as previsões podem “variar de um dia para o outro”: “Basta que surja uma pessoa infetada numa linha e vai ter logo um impacto direto na produção diária”, nota.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 657 pessoas das 19.022 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

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