O 31.º Congresso dos centristas vai decorrer entre sábado e domingo no Pavilhão Cidade de Viseu.
O atual presidente do CDS-PP, Nuno Melo, recandidata-se à liderança do partido, sem oposição. É líder desde 2022 e recandidata-se para um mandato de mais dois anos, até 2026.
O regulamento do 31.º Congresso determina que “para serem candidatos a presidente do partido, os militantes terão de ser primeiros subscritores de uma moção de estratégia global”, documento que tem como objetivo “fixar a orientação geral do partido”.
A moção de estratégia global de Nuno Melo é intitulada “Tempo de Crescer”. Também a Juventude Popular, estrutura que representa os jovens centristas, apresentou a moção “Assegurar o Futuro”.
O arranque da reunião magna está previsto para as 10:00 de sábado com a intervenção do presidente do congresso, José Manuel Rodrigues.
Os trabalhos seguem com a apresentação dos relatórios de atividade do Conselho Nacional de Jurisdição, da Secretaria-geral e da Comissão Política Nacional.
Ainda de manhã está prevista a apresentação e votação da proposta de nova Declaração de Princípios do CDS-PP, elaborada por um grupo liderado por António Lobo Xavier. O documento tem como título “Livre, democrático e social” e visa atualizar o texto originário, de julho de 1974.
Entre as novidades da nova Declaração de Princípios, apresentada em setembro, está a rejeição dos populismos e a garantia de que o CDS respeita as “orientações pessoais”.
O texto, atualizado 50 anos depois da fundação do partido, será apresentado pelo presidente do congresso, José Manuel Rodrigues, que é também líder do CDS/Madeira e presidente do parlamento regional.
Entre as 12:30 e as 21:30 vai decorrer a apresentação, discussão e votação das moções de estratégia globais, seguindo-se a apresentação das três moções de estratégia setoriais: “Agricultura e ambiente — uma aliança virtuosa para a mitigação das alterações climáticas”; “A direita da sustentabilidade”; “A necessidade de ‘marketing’ urgente”.
O primeiro dia de congresso do CDS-PP termina com a apresentação, discussão e votação das propostas de alteração aos estatutos do partido.
No domingo, segundo e último dia do congresso, está prevista a eleição dos órgãos nacionais do partido e a sessão de encerramento, com o discurso do presidente eleito.
De acordo fonte da organização do congresso, estarão presentes cerca de 1.300 delegados.
Esta reunião magna decorre numa altura em que o CDS-PP volta a estar no parlamento e no Governo.
Depois de não ter conseguido eleger qualquer deputado nas legislativas de 2022, o CDS-PP ficou dois anos afastado da Assembleia da República, onde não teve representação parlamentar.
Nas últimas eleições, no dia de março, às quais concorreu integrado na coligação Aliança Democrática (AD), o CDS-PP assegurou o regresso ao parlamento, com um grupo parlamentar de dois deputados: Paulo Núncio e João Almeida.
Os centristas integram também o Governo liderado por Luís Montenegro. Nuno Melo é ministro da Defesa Nacional, Álvaro Castello-Branco é secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional e Telmo Correia é secretário de Estado da Administração Interna.
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