O artigo premiado é “um dos trabalhos mais excecionais publicados ao longo do ano 2019”, afirma o grupo editorial da revista, responsável pela escolha dos trabalhos vencedores, citado numa nota hoje divulgada pela UC.

Esta é a segunda vez que Norberto Pires, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC), é “galardoado com o prémio de melhor artigo do ano, o que é raro, uma vez que a competição é muito grande”, destaca a Universidade.

Visando a implementação de uma arquitetura de controlo de robô para aplicações de manufatura, o estudo que tem como coautores Filipe Monteiro Ribeiro (na altura aluno de mestrado da UC) e Amin Azar, do Instituto Tecnológico para a Indústria da Noruega, foi premiado com o “Emerald Literati Award 2020” na categoria “Outstanding paper”.

Desenvolvido em colaboração com o fabricante de software RoboDK, no Canadá, o estudo faz parte de um projeto mais amplo de desenvolvimento de sistemas robotizados e competência na área do fabrico aditivo de metais, iniciado em 2018 pela equipa de Norberto Pires.

No essencial, explica o investigador da FCTUC, “os sistemas desenvolvidos centram-se na capacidade de imprimir metais tendo por base dois tipos de sistemas de impressão: baseados em soldadura CMT (cold metal transfer) para peças de maior dimensão, com capacidade estrutural, e baseados em deposição por laser, para novas ligas metálicas e peças mais pequenas e muito difíceis de construir por métodos tradicionais (essencialmente na área da indústria aeronáutica e automóvel)”.

Nesses desenvolvimentos, “a enorme complexidade das peças” gera “trajetórias de impressão complexas e muito complicadas de realizar, pelo que se desenvolveu “software próprio para o corte das peças em camadas, para o cálculo de trajetórias do robô e para a simulação em tempo real de todo o sistema (digital twin)”, explicita o cientista.

Nesse esforço, estabeleceu-se “parcerias com várias empresas que produzem software acessório para estas áreas”.

Os resultados obtidos nos vários estudos realizados no âmbito deste projeto alargado permitiram obter financiamento, designadamente da TATA Steel (Índia), “uma das maiores fornecedoras de metal do mundo”, e da Agência Nacional de Inovação (ANI), para criar o Laboratório de Fabrico Aditivo da UC.

Este equipamento “permite à Universidade de Coimbra colocar-se na vanguarda da investigação e desenvolvimento na área, prestando também serviço ao exterior”, assinala Norberto Pires.

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