José Ribeiro e Castro e o atual presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, intervieram hoje, em Lisboa, numa cerimónia de evocação do 25 de Novembro, na qual foi também apresentado o livro “O Estado de Portugal”, da Juventude Popular (JP).
Na iniciativa marcou também presença o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, a convite da JP, que não quis prestar declarações à comunicação social.
Na sua intervenção, Ribeiro e Castro disse gostar “muito de rever” o antigo chefe de Governo, “sobretudo numa iniciativa da Juventude Popular”, e salientou a “grande admiração” que tem por Passos Coelho, e “pelo trabalho que fez como primeiro-ministro num dos momentos mais difíceis do nosso país”.
“Eu sempre achei que CDS devia ter feito mais para acompanhar a generosidade e o desprendimento que Pedro Passos Coelho deu à frente do Governo, e talvez isso fizesse a diferença entre uma maioria de esquerda ou uma maioria à direita do Partido Socialista, como nós precisávamos para continuar a governar e a conduzir o país na senda do sucesso”, advogou.
O antigo líder centrista indicou que “a história é o que é”, mas admitiu acreditar que “o PSD e o CDS voltarão a estar juntos no futuro”.
“Também acredito nisso, acho que isso está escrito nas estrelas”, frisou, notando ser uma questão de preparação para cumprir “o que se espera do CDS e do PSD na altura em que isso acontecer”.
Sobre o antigo primeiro-ministro, José Ribeiro e Castro lamentou que “ainda não lhe foi feita justiça suficiente” e realçou que “um país que tem que recorrer a empréstimo de socorro, de emergência, de 80 mil milhões de euros praticamente, é porque não está em muito boa saúde”.
“Foi precisa uma condução política muito firme e muito determinada para colocar Portugal a recuperar e a crescer”, acrescentou.
Na sua intervenção, o antigo dirigente centrista aproveitou igualmente para desejar a Francisco Rodrigues dos Santos “os maiores sucessos nas dificuldades que tem pela frente”.
O presidente do CDS-PP considerou que o ex-primeiro-ministro “soube recuperar novamente a liberdade” para Portugal, que atravessava “tempos difíceis”, e mostrou-se um “grande timoneiro e líder”.
“Fomos capazes, e seremos certamente no futuro, de endireitar o nosso país com esta tradição que existe de aliança democrática, já longínqua, entre PSD e CDS”, acrescentou Francisco Rodrigues dos Santos na sua intervenção.
Antes, o presidente da JP tinha destacado que Pedro Passos Coelho “é dos homens bons que a política tem” e “tem currículo político, ao contrário de outros políticos, que têm cadastro político”.
Francisco Mota apontou igualmente que, “num momento em que o país necessita, mais do que gestores, de líderes, a direita portuguesa, toda a direita portuguesa tem que olhar para si, para o seu legado, e para a sua ação política, como um exemplo”.
“Para bem da política, da direita, mas sobretudo de Portugal, espero que Pedro Passos Coelho seja futuro e se cumpra o reconhecimento daquele que foi, e acho que em nada estou a exagerar, o melhor primeiro-ministro que Portugal teve no regime democrático em Portugal, e que merece da minha geração um reconhecimento claro por ter salvado o país das circunstâncias difíceis, sempre com grande sentido patriótico e de responsabilidade perante os portugueses”, frisou ainda.
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