Em resposta aos jornalistas, no Porto, sobre as conversas que irá ter com outros partidos no dia seguinte às eleições, em caso de vitória do PSD, Rui Rio começou por afirmar: "Deixe ver qual é o resultado que nós vamos obter e as soluções que podem ser encontradas. Chamar logo no dia seguinte, também não é nenhuma corrida de 100 metros. Mas naturalmente que, analisados os resultados, tomaremos as decisões".
Interrogado sobre que partidos deixará de fora dessas conversas, o presidente do PSD respondeu: "Eu podia dizer que falava com o BE ou com o PCP, não tenho problemas quanto a isso, não vale é muito a pena. E a mesma coisa se aplica ao Chega".
Rui Rio, que falava à margem de um almoço com empresários do setor da restauração, no Porto, foi também questionado sobre as declarações do socialista Augusto Santos Silva, num debate na CNN Portugal, sobre a eventual necessidade de um "acordo de cavalheiros" entre PS e PSD para viabilizar soluções minoritárias de Governo.
O presidente do PSD reiterou que está "disponível para negociar com quem ganhar, no sentido de Portugal não ter de ir para eleições outra vez daqui por muito pouco tempo, para garantir a governabilidade", comportamento que espera "que seja recíproco", mas manifestou-se convicto de que, se o PS ganhar, irá reconstituir a chamada geringonça.
"Todos têm de perceber agora, no momento em que forem votar, que votar no PS é em larga medida voltar a votar na mesma solução, ou seja, o PS com o BE e com o PCP", sustentou Rui Rio, apelando aos eleitores que não querem esse desfecho para votarem no PSD, "porque é o último que tem força para se opor a isso".
Sobre o relacionamento que terá com o Chega se o PSD vencer as eleições, Rui Rio reafirmou a posição que assumiu hoje na TSF, rejeitando conversas de bastidores sobre instrumentos da governação como o Orçamento do Estado: "Não, as conversas que há é no plenário da Assembleia da República e nas comissões da Assembleia da República".
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