“Com o apoio popular que vamos vendo acho que a probabilidade de ganhar é mais alta do que era há um mês atrás. Acredito que podemos ganhar sim, claramente. Com maioria absoluta gostaria, mas é muito difícil”, afirmou Rio, em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, onde esteve durante a tarde a contactar com a população.
O líder social-democrata disse “sempre” ter acreditado que “o PSD podia ganhar estas eleições”, apesar do PS ir à frente”.
“Todo o comportamento do PSD desde que estou na liderança do PSD oferece confiança às pessoas. Eu não me ando aí a comportar como um líder da oposição vulgar que está sempre a dizer mal de tudo e sempre a gritar contra tudo. Ninguém vota para primeiro-ministro em alguém que diz muito bem mal dos outros. Isso não é programa para nada. O país quer um primeiro-ministro responsável”, criticou.
No final da ação de campanha no antigo bastião do PSD, que juntou centenas de apoiantes, em declarações aos jornalistas Rio afirmou que “a política” de António Costa “é deturpar” as propostas do partido.
“É dizer que se o PSD ganhar o Salário Mínimo Nacional não sobe, o Serviço Nacional de Saúde [SNS] tem de ser pago, a Segurança Social é privatizada. Ele sabe que tudo isso é mentira, mas é esse o rumo que tem seguido”, sustentou.
Rui Rio defendeu que “não se devem deturpar as propostas dos outros”.
“Podemos criticar o que os outros dizem, mas pela afirmativa. O que tenho vindo a fazer, ao final da tarde, nos locais por onde passo, são sessões de esclarecimento a divulgar as nossas propostas. É isso que nós devemos fazer e que o doutor António Costa não está a fazer. É relevante sublinhar isto para que as pessoas não vão na ladainha sem pés nem cabeça”, atirou.
Questionado, o líder do partido, acompanhado, entre outros pelos candidatos pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, pelos presidentes da câmara local e distrital do PSD, contestou ainda a tentativa do PS de colar a política de austeridade do Governo de Passos Coelho às suas propostas.
“O doutor Passos Coelho teve de implementar um programa da ‘troika’ que foi motivado de PS ter governado mal e ter atirado o país para a bancarrota. Além do PSD não ter tido essa responsabilidade temos falado pouco do passado. Temos apesar de tudo algum pudor. Não me vê a mim estar, permanentemente, a criticar o que o PS fez, ou que o engenheiro Sócrates fez. Não tenho trazido isso para a liça. Isso é passado não vale a pena”, referiu.
Para Rui Rio, “António Costa não tem argumentos e vem dizer que o PSD vai fazer o mesmo que o Governo do doutor Passos Coelho”.
“É preciso ter lata dizer uma coisa dessas quando ele sabe que aquele programa foi implementado por responsabilidade do PS e, nós, é que tiramos o país da bancarrota onde o PS o colocou. O PSD indo agora para o Governo não tem nada a ver com esses tempos. O doutor António Costa sabe isto melhor que ninguém. Se é isto que joga para o patamar político é porque não tem propostas e prefere”, observou.
Em Arcos de Valdevez, que considera ser também a sua “casa”, Rui Rio deu autógrafos, fez ‘selfies’ e assistiu às rodas de Vira, dança em que os bailarinos se dispõem aos pares, em roda, de braços erguidos e vão girando vagarosamente no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
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