"A reunião do grupo terá corrido bem se as pessoas nesta reunião do grupo disseram todas aquilo que lhes ia na alma e que quisessem dizer e, depois de tudo dito, partirem para uma etapa nova", afirmou Rui Rio aos jornalistas, após um almoço com a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, na sede centrista, em Lisboa.

O líder social-democrata disse não ter tido qualquer informação sobre a forma como decorreu a reunião do grupo parlamentar, já que esteve reunido com Assunção Cristas num almoço que durou mais de duas horas, mas revelou ter pedido um debate aberto.

"Aquilo que pedi ao próprio líder parlamentar foi abrir a discussão e que todos digam o que lhe vai na alma, para ver ser se, a seguir, iniciamos um período diferente", afirmou.

Segundo Rui Rio, "quando as pessoas não falam abertamente, fica uma paz podre".

"Isso foi o que eu pedi para não haver, paz podre no grupo parlamentar. Quem está mal diz que está mal, quem está bem diz que está bem, confrontam-se posições e, depois, se forem adultos, procurarem um caminho comum", afirmou.

O líder parlamentar do PSD pediu hoje desculpa aos deputados por "algum excesso de linguagem" antes e depois da eleição da direção da bancada e disse acreditar que "os problemas" internos "estão resolvidos".

O próprio Fernando Negrão confirmou, em declarações aos jornalistas, ter pedido desculpas após a reunião da bancada em foi feita "uma espécie de catarse" do que aconteceu com a sua eleição (realizada há uma semana), com 35 votos a favor, 32 brancos e 21 nulos, e em que admitiu existir "um problema ético" entre os deputados.

"Foi uma discussão mútua, em que todos fizemos uma espécie de catarse dos problemas que ocorreram. Todos os problemas estão resolvidos entre todos", afirmou.

Fernando Negrão admitiu "algum exagero" de linguagem, escusando-se a dizer em que exagerou, se foi, por exemplo, quando admitiu problemas éticos na bancada face à possibilidade de nem todos os deputados da sua lista terem votado em si.