Na apresentação do livro “A Reforma das Finanças Públicas em Portugal”, do porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD Joaquim Miranda Sarmento, Rio concordou com a necessidade de uma reforma fiscal, defendida pelo ex-Presidente da República Cavaco Silva, também presente na iniciativa, e aproveitou para reiterar a sua posição sobre o nível dos impostos em Portugal.
“O primeiro-ministro disse – e aí devo saudá-lo, com clareza é que as coisas devem ser – que, se ganhar as eleições, não reduz a carga fiscal. Não disse que a ia aumentar, mas suspeito que sim”, afirmou.
Rui Rio comprometeu-se com o contrário: “Eu não a subo, e tudo farei para a descer”.
“Subir nunca e baixar o mais possível, à medida que as circunstâncias o forem permitindo. E aqui está uma diferença entre a opção no PS [e no PSD]”, apontou.
Rio voltou a apontar a legislatura como “perdida”, criticando o Governo por distribuir “toda a folga” orçamental “para satisfazer politicamente a coligação parlamentar”.
O líder do PSD manifestou a sua concordância com o objetivo defendido pelo autor do livro, de atingir um 'superavit' orçamental de 0,25%, mas recusou comprometer-se com outras medidas mais polémicas propostas por Joaquim Sarmento na obra.
No livro, Joaquim Sarmento defende, por exemplo, a reposição das 40 horas na função pública, a subida do IVA da restauração para os 23% e a cobrança de um mínimo de 40 euros às famílias que atualmente não pagam IRS.
À entrada, Rui Rio não se quis comprometer com nenhuma destas soluções, embora assegurando “o máximo respeito” por todas as ideias do seu porta-voz para as Finanças Públicas
“São as ideias dele e tudo irá fazer para que o PSD as abrace. No fim, umas serão acolhidas e outras não”, afirmou, remetendo essa decisão para a apresentação do programa eleitoral do PSD, em junho ou julho.
Também Joaquim Sarmento salientou que as ideias que defende só o responsabilizam a ele e classificou-as como “propostas para lançar o debate e sem qualquer aspeto fechado”.
Na apresentação do livro estiveram presentes, além de Cavaco Silva, os ex-ministros das Finanças Maria Luís Albuquerque e Eduardo Catroga e os da Saúde Paulo Macedo e Leonor Beleza.
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