“Eu sou líder do PSD para tratar de coisas importantes, não sou líder do PSD para andar em cada esquina a comentar aspetos laterais que não têm interesse nenhum para os portugueses”, afirmou Rio, questionado, à saída de uma conferência, se a despedida de Montenegro do parlamento não teria merecido que o líder parlamentar do PSD tivesse usado da palavra na quinta-feira.
Na quinta-feira, depois de apenas o presidente da Assembleia da República e o líder parlamentar do CDS-PP terem feito intervenções sobre a saída de Montenegro antes do debate quinzenal, vários deputados do PSD enviaram emails críticos à direção da bancada, incluindo o anterior presidente da bancada, Hugo Soares, que falou mesmo “em falha grave”.
“Isso que me está a perguntar, se for perguntar aos portugueses na rua eles não têm interesse rigorosamente nenhum e eu acho que eles têm razão e vou seguir aquilo que eles pensam”, afirmou Rio.
Questionado por que razão não marcou presença no jantar de homenagem a Montenegro na quarta-feira, organizado por alguns deputados, o presidente do PSD reiterou: “Não tem relevo para a vida dos portugueses eu estar a esclarecer se fui ou não convidado”.
Na quinta-feira, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, viria a referir-se brevemente à saída de Montenegro – que deixou o parlamento ao fim de 16 anos, sete dos quais como líder da bancada do PSD - já durante o seu tempo de intervenção no debate quinzenal para lhe endereçar “um grande abraço de amizade” e desejar-lhe “as maiores felicidades pessoais e profissionais”.
Contactado pela Lusa a propósito das críticas dos seus colegas de bancada, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, escusou-se a comentar o conteúdo dos e-mails trocados, mas afirmou que fez hoje em relação a Luís Montenegro “rigorosamente o mesmo” que tinha feito no momento da saída do ex-líder do PSD Pedro Passos Coelho do parlamento.
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