Durante a Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira à noite até cerca das 00:30, e depois de o deputado socialista Serafim Ferreira Nunes ter considerado “inaceitável” a utilização da “linguagem” 'extrema-esquerda' para aludir ao BE e à CDU, numa notícia sobre a aprovação do relatório e contas de 2017 publicada no portal Porto., datada de 24 de abril, Rui Moreira justificou-se com a Lusa, dizendo que o texto era da autoria da agência de notícias.
O independente explicou aos deputados que a notícia do Porto. era da Lusa, logo a expressão 'extrema-esquerda' era da agência, algo que, posteriormente, veio a negar, pedindo desculpa pelo erro.
“Tanto critica a Lusa, mas depois usa os seus serviços”, disse o deputado da CDU Rui Sá.
Na resposta, o presidente da câmara referiu que “nunca criticou a Lusa” e que usa os serviços da agência de notícias porque os paga.
“Nunca critiquei a Lusa. Os serviços [da câmara] inadequadamente fizeram esta referência ('extrema-esquerda'), pelo que peço desculpa”, frisou.
Antes deste momento, a Lusa tentou intervir na sessão para repor a verdade, dado em parte alguma do seu texto usar o termo 'extrema-esquerda', mas tal foi-lhe negado, porque uma intervenção pressupunha uma inscrição prévia, tal como ditam os regulamentos.
Com o título “Maior investimento da década nas contas à moda do Porto ontem aprovadas”, a notícia em causa, do Porto., refere: “Com 31 votos a favor, oito contra e sete abstenções, o Relatório e Contas de 2017 passou ontem na Assembleia Municipal sem problemas. Rui Moreira reivindicou as melhores contas deste milénio e o maior investimento da década. Com saldo para executar as grandes obras como o Bolhão, o Terminal Intermodal e a nova ponte, os independentes aplaudiram o Executivo, o PS votou a favor, enquanto o PSD anunciava a abstenção e os dois partidos da extrema-esquerda votavam contra”.
No final da notícia é referido "artigo redigido com recurso à Agência Lusa".
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