“Quero concluir os projetos que a pandemia atrasou e acredito que tenho condições para projetar um futuro ainda melhor para o Porto e para as suas gentes”, afirmou hoje Rui Moreira na apresentação da sua recandidatura a um terceiro mandato.

Anunciando o lema da campanha - “Aqui há Porto” - o independente apelou aos portuenses para que voltassem a “acreditar” nele, na sua "visão de cidade" e na sua equipa.

“Sabem que podem contar sempre com a minha voz e a minha força na defesa intransigente do Porto, por mais que me traga perseguições e dissabores”, salientou.

O independente, que quer que a campanha à Câmara do Porto continue a ser “diferente das outras”, disse estar certo de que “a política rasteira e infame nunca chegará do Porto, mas sim zumbirá de outros poleiros”.

“O debate aberto e positivo será o caminho certo para construirmos uma cidade cada vez mais independente, livre, economicamente forte, criadora de emprego e riqueza, vibrante e sustentada”, afirmou.

Das obras públicas às “contas à moda do Porto”, do combate à pandemia da covid-19 à coesão social, do desporto à sustentabilidade e da cultura à mobilidade, Rui Moreira enalteceu no Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota e perante uma plateia de mais de 400 apoiantes, o que foi feito durante os últimos oito anos de mandato.

“Este caminho incomodou muita gente, principalmente aqueles que, como se diz no Porto não têm noção, e continuam a trocar o Porto pelo Terreiro do Paço, ao ponto de não terem descansado enquanto não criaram uma lei para nos impedir de voltar a usar o lema “O Nosso Partido é o Porto”, disse.

Rui Moreira salientou que o novo Plano Diretor Municipal (PDM) permitirá concretizar “o que faltava no projeto de cidade” do movimento independente, nomeadamente, “duplicar a área verde da cidade”, "aumentar a habitação acessível" e "promover a competitividade económica e do emprego”.

“Mas todos sabemos que o meu projeto preferido sempre foi o Matadouro e penou pelos labirintos do Tribunal de Contas. É um projeto que irá criar uma nova centralidade, revitalizando Campanhã e toda a zona oriental, tal como aconteceu com a zona da Expo, em Lisboa, mas com uma grande diferença. Lá foi com dinheiro do poder central, aqui tivemos o engenho de motivar os privados”, disse.

E acrescentou, “ [o Matadouro] é um símbolo do nosso programa, porque conjuga as boas contas, a cultura, a economia, a coesão e, também, a sustentabilidade. O que demonstra que a utopia pode ser viável”.

Defendendo que o projeto que apresenta à corrida à Câmara do Porto “não pode ser condicionado por ideologias”, Rui Moreira disse ser necessário saber “substituir a ortodoxia das ideologias pelo pensamento e pelo conhecimento”.

“Temos os ingredientes para isso. A academia, a cultura, mas, acima de tudo, uma sociedade sempre inconformada que tudo discute. Uma cidade irresoluta em que tudo está sempre, como deve estar, em permanente discussão pública”, considerou.

À recandidatura do independente Rui Moreira para um terceiro mandato já foi anunciado o apoio do CDS-PP, da Iniciativa Liberal (IL), do Nós, Cidadãos! e do MAIS – Movimento de Cidadania Independente.

Em 2013, com o apoio do CDS, que teve direito a um vereador, Rui Moreira foi o primeiro independente eleito presidente da Câmara do Porto, com 39,25% dos votos.

Sob o lema “O Nosso Partido é o Porto”, o resultado obtido permitiu eleger seis vereadores, ficando a um mandato de obter a maioria absoluta, vencendo também as eleições para a Assembleia Municipal e em cinco das sete Juntas de Freguesia.

Já em 2017, com uma candidatura assente em “contas à moda do Porto”, o independente conseguiu 44,5% dos votos, conquistando a maioria absoluta na vereação da Câmara Municipal, ao eleger sete vereadores.

À Câmara do Porto são já conhecidas as candidaturas de Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Vladimiro Feliz (PSD),Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal) e António Fonseca (Chega).

As eleições autárquicas têm de ser marcadas pelo Governo para entre 22 de setembro e 14 de outubro.

Em Portugal há 308 municípios (278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira) e 3.092 juntas de freguesia (2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira).

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