O Coliseu, que tem como sócios a Câmara do Porto, a AMP e o Ministério da Cultura, “continua a preocupar-me, porque não temos nenhum instrumento de suporte” financeiro, afirmou esta manhã Rui Moreira, em reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP).

Segundo o autarca independente, a Câmara tem conseguido de alguma forma apoiar aquela sala de espetáculos da cidade, designadamente através da compra de bilhetes, mas “é preciso ter alguma forma de suportar o projeto ou torna-se necessário abandoná-lo”.

Moreira alertou também que “a atual direção está em fim de mandato e vai criar-se um vazio”.

“Se a lei não for alterada (…), se não nos deixam apoiar, que tome conta o Estado”, afirmou Moreira, que disse ter já tentado, sem êxito, falar com o Ministério da Cultura para o alertar para o problema.

Face à apresentação do problema, os autarcas da AMP decidiram que vão pedir uma audiência ao ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, para “sensibilizar a tutela para a necessidade de se corrigir a lei”, mas também pretendem alertar os grupos partidários com representação no parlamento para o problema.

O presidente do CmP, Hermínio Loureiro (PSD), afirmou que “uma estrutura com a importância histórica, mas com a importância estratégica também, como o Coliseu do Porto, precisa de soluções a médio e longo prazo”.

Hermínio Loureiro referiu que esta reunião com o ministro surge numa “atitude preventiva” e não reativa, para que “com algum tempo” se consiga “encontrar uma solução que consolide e dê sustentabilidade” ao Coliseu “durante muito tempo”.

Afirmando que “enquanto a lei não for alterada” a AMP não pode apoiar financeiramente o Coliseu do Porto, Lino Ferreira, da comissão executiva do CmP, alertou porém que as receitas da região contam apenas com cerca de 700 mil euros provenientes do Orçamento do Estado e cerca de 1,1 milhões de euros de quotas dos seus 17 municípios.

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