“Não tenho a liberdade total para dar a opinião total, porque alguém que está de saída ou que vai sair tem a sua liberdade um bocado cortada, a não ser que não tenha preocupação nenhuma em criar dificuldades ao seu sucessor”, afirmou, no Porto, à margem de uma sessão para assinalar o 48.º aniversário do partido, quando instigado a fazer uma análise sobre a sua liderança.
“Ora, como eu não quero criar dificuldades ao meu sucessor, também a minha liberdade, digamos assim, de fazer uma análise sobre os últimos quatro anos está um bocadinho reduzida. Acho que é esse respeito que eu devo aos que estiveram antes de mim e aos que vêm”, explicou.
Confrontado com a iniciativa do líder do Chega, André Ventura, de convidar os dois candidatos a presidente do PSD, Luis Montenegro e Jorge Moreira da Silva, para conversar sobre o futuro da direita e se tinha alguma recomendação para eles, Rio afirmou que não.
“Eu só tenho recomendação para fazer ao dr. André Ventura, que por mim pode convidar a direita, que eu não ia, porque eu estou farto de dizer que não sou de direita, sou de centro”, salientou.
As eleições diretas para escolher o sucessor de Rui Rio na presidência do PSD realizam-se em 28 de maio e o Congresso está marcado para entre 01 e 03 de julho.
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