Em declarações à agência Lusa, o autarca de Estremoz, José Daniel Sádio, indicou que a derrocada ocorreu na quarta-feira de manhã e que foi uma “consequência do mau tempo” que tem assolado a região alentejana.
“Ontem [quarta-feira] de manhã, recebemos a informação da Proteção Civil de que tinha havido uma derrocada e, de imediato, deslocámos os nossos meios para o local, Proteção Civil Municipal e engenheiros da câmara”, adiantou.
Aludindo ao “histórico de situações similares” naquela fortaleza ao “longo dos anos”, o presidente do município estimou que, desta vez, a derrocada tem uma extensão de “cerca de cinco metros”.
Propriedade da Fundação do Asilo de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Veiros, o castelo desta vila alentejana, cuja construção remonta ao século XIV, está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Segundo o autarca alentejano, após uma primeira análise da situação, os serviços municipais decidiram “fechar a rua” que circunda o castelo para “impedir a passagem de peões e trânsito” pelo local.
“Entrei em contacto com a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen) e com a fundação proprietária” para se articular a realização de uma vistoria, referiu, prevendo que esta inspeção decorra na sexta-feira.
José Daniel Sádio assinalou que, após a realização da vistoria, seguir-se-á a elaboração de um relatório prévio e, mais tarde, juntamente com a DRCAlen e a fundação proprietária, será feito “um plano de intervenção para recuperar” o imóvel.
Também em declarações à Lusa, por escrito, a diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, apontou a necessidade de se realizar uma avaliação dos estragos no castelo para se ter “uma informação o mais rigorosa possível”.
Na sexta-feira “vamos fazer a vistoria técnica para fazer essa avaliação”, porque os danos têm que ser vistos por “engenheiros, arquitetos e conservadores restauradores”, indicou.
Nas declarações à Lusa, o autarca de Estremoz admitiu que o Castelo de Veiros tem “mais zonas com algum risco” de derrocada, mas vincou que “não há um risco iminente” e que “o maior foco” é a recuperação do troço que agora ruiu.
A Lusa tentou contactar a presidente da fundação, Teresa Neto, mas a responsável mostrou-se indisponível para prestar declarações.
A chuva intensa e persistente causou, na passada terça-feira, centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, os mais afetados, mas provocou estragos também em outros distritos do país.
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