"Segundo as informações que dispomos, duas organizações ucranianas têm instruções específicas para criar a denominada 'bomba suja'. O trabalho entrou na fase final", afirmou em comunicado o tenente-general Igor Kirillov, comandante no exército russo do departamento de radiações, produtos químicos e biológicos.
"O objetivo desta provocação é acusar a Rússia de usar armas de destruição em massa na Ucrânia e iniciar assim uma grande campanha anti-Rússia no mundo", acusou, antes de declarar que Kiev procura "intimidar a população local e aumentar o fluxo de refugiados em toda Europa".
"A detonação de um artefato explosivo radioativo levaria inevitavelmente à contaminação da região numa superfície que pode atingir milhares de metros quadrados", advertiu.
Kirillov também acusou o governo do Reino Unido de manter "contatos" com a Ucrânia "sobre a questão da potencial obtenção de tecnologias (necessárias) para a produção de armas nucleares" por Kiev.
As acusações de Moscovo de que o governo ucraniano desejaria recorrer a uma "bomba suja" são "falsas", afirmaram Paris, Londres e Washington num comunicado conjunto.
Kiev considerou as declarações "absurdas e perigosas". O presidente Volodymyr Zelensky pediu no domingo à noite uma resposta "o mais dura possível" dos seus aliados ocidentais.
No domingo, o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, relatou aos homólogos americano, francês, britânico e turco as suas "preocupações relacionadas com possíveis provocações por parte da Ucrânia com o uso de uma 'bomba suja'".
Os ucranianos e os ocidentais suspeitam que a Rússia poderia estar a preparar-se para detonar uma "bomba suja" e culpar a Ucrânia, para depois justificar uma escalada militar com uma arma nuclear tática como represália.
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