O FSB “frustrou uma série de ataques contra oficiais militares de alta patente do Ministério da Defesa que participavam na operação militar especial [na Ucrânia], bem como contra membros das suas famílias”, disse o serviço de segurança num comunicado.

Segundo o FSB, os ataques foram preparados por “agentes dos serviços secretos ucranianos”.

As bombas utilizadas para matar militares de alta patente em Moscovo estavam numa bateria externa e numa pasta com documentos, precisou o FSB no comunicado citado pela agência espanhola EFE.

O Presidente russo, Vladimir Putin, descreveu em 19 de dezembro o recente assassinato em Moscovo do chefe da defesa radiológica, química e biológica da Rússia, tenente-general Igor Kirillov, como uma “falha grave” dos serviços de segurança.

A morte de Kirillov “significa que as nossas forças policiais e os nossos serviços especiais deixaram passar estes ataques. Temos de melhorar o nosso trabalho e evitar falhas tão graves”, afirmou na altura.

Segundo Moscovo, o autor do crime é um uzbeque a quem os serviços secretos ucranianos alegadamente prometeram 100.000 dólares (cerca de 96.000 euros, ao câmbio atual).

Além do dinheiro, ofereceram-lhe a possibilidade de se instalar num país da União Europeia.

O suspeito foi detido e admitiu a culpa num interrogatório transmitido pelos serviços de segurança.

A Rússia iniciou a “operação militar especial” na Ucrânia, a designação oficial russa da guerra, em fevereiro de 2022 para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.

A guerra de quase três anos provocou um número de vítimas civis e militares ainda por determinar, mas que diversas fontes, incluindo a ONU, afirmam que será muito elevado.