Maria Ponomarenko, 44 anos, foi considerada culpada de ”difusão de informações falsas” sobre o Exército, anunciaram hoje as autoridades judiciais russas.

A legislação que foi adotada após a nova campanha militar da Rússia na Ucrânia já foi usada várias vezes para condenar a pesadas penas de prisão pessoas que criticam publicamente o conflito.

A jornalista foi condenada pelo tribunal de Barnaoul, da região siberiana de Altai, onde trabalhava para o portal de notícias RusNews.

De acordo com a organização não-governamental, OVD-Info, a jornalista foi acusada depois de ter publicado, em março do ano passado, uma mensagem na rede social Instagram denunciando o bombardeamento da sala de teatro da cidade ucraniana de Mariupol, durante o cerco das forças russas.

Kiev acusou Moscovo da responsabilidade pela morte de centenas de civis no bombardeamento do edifício.

A Rússia nega as acusações.

Maria Ponomarenko foi presa em abril de 2022 em São Petersburgo e depois transferida para Barnaoul.

O advogado da jornalista disse que o estado psicológico de Ponomarenko agravou-se durante os meses de prisão, em que as autoridades negaram a transferência para um hospital psiquiátrico.

Segundo a OVD-Info, no passado mês de setembro, a jornalista partiu a janela da cela onde se encontrava presa porque o vidro “era tão opaco” que não deixava entrar a luz solar.

Como punição, foi colocada numa cela disciplinar durante uma semana.

Em novembro, foi autorizada a permanecer em prisão domiciliária, na residência do ex-marido mas após uma discussão, no final de janeiro, a jornalista foi novamente transferida para um estabelecimento prisional na Sibéria.

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