“Não vou entrar em detalhes sobre o que acontecerá no Conselho de Segurança — por nossa sugestão — sobre a Ucrânia no início da próxima semana: deixemos que os nossos opositores vivam na ignorância por enquanto”, disse na quarta-feira Polianski na plataforma Telegram.
A Rússia convocou ainda para 20 de janeiro uma outra reunião, esta informal, do Conselho de Segurança da ONU sobre o bombardeamento ucraniano, em dezembro, de zonas controladas pelas forças russas na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
Segundo Polianski, a Rússia decidiu convocar uma reunião porque hoje o Conselho de Segurança irá debater, a pedido do Japão, “o Estado de Direito entre as nações” e, na sexta-feira, a situação na Ucrânia.
O diplomata russo disse temer que a discussão aconteça “com tons antirrussos”.
“Os nossos antigos parceiros ocidentais farão todo o possível para provar que todos os problemas do mundo começaram precisamente em 24 de fevereiro de 2022. Claro que nos iremos opor”, disse Polianski.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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