De Moscovo a Novosibirsk, a equipa do ativista anticorrupção fez apelos para que as pessoas saíssem às ruas em 65 cidades russas para protestarem contra a prisão de Navalny.
As primeiras manifestações ocorreram hoje no Extremo Oriente russo e na Sibéria, onde vários milhares de pessoas tomaram as ruas, principalmente em Vladivostok, Khabarovsk e Tchita, diante de um grande número de polícias antimotim deslocados para os locais dos protestos, de acordo com apoiantes de Navalny.
Em Yakutsk, ao sul do Círculo Polar, os manifestantes enfrentaram o frio extremo para se manifestarem, com -50 graus Celsius.
Cerca de 125 manifestantes já foram presos em 20 cidades russas por volta das 08:00 (em Lisboa), de acordo com a organização não-governamental OVD-info, especializada em monitorar prisões paralelas às manifestações.
Um vídeo divulgado pela OVD-info mostrou dezenas de polícias antimotim a correr atrás dos manifestantes em Vladivostok.
Em Moscovo, onde a mobilização da oposição costuma ser mais forte, os manifestantes devem se reunir às 11:00 (em Lisboa) na Praça Pushkin e, em seguida, seguir por uma rua central da capital em direção ao Kremlin.
A polícia de Moscovo já prometeu "reprimir sem demora" qualquer reunião não autorizada. O autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, denunciou as manifestações como "inaceitáveis" em meio à pandemia do novo coronavírus.
No Instagram, a esposa de Navalny, Yulia, anunciou a sua intenção de manifestar-se em Moscovo.
Entre quinta e sexta-feira vários apoiantes de Navalny foram detidas pelas autoridades russas, nomeadamente a porta-voz do ativista, Kira Iarmych, que foi condenada a nove dias de prisão.
Alexei Navalny foi preso em 17 de janeiro ao voltar à Rússia, depois de cinco meses de convalescença na Alemanha devido a um envenenamento, acusado de violar as medidas de controlo judicial (por estar em condicional, relacionada a outro processo na justiça russa) ao sair do país.
Vários instituições e países já apelaram para a libertação imediata do opositor russo.
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