De acordo com a EFE, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, apontou hoje o Reino Unido e os Estados Unidos como os países onde com maior probabilidade se sintetiza este agente tóxico, tendo ainda referido a República Checa, a Eslováquia e a Suécia como origem possível para o gás.
Moscovo nega desde o início do caso Skripal ter patrocinado o ataque com uma substância tóxica, pertencendo ao grupo dos agentes tóxicos “Novitchok”, que, segundo um dos seus inventores russo que vive agora nos Estados Unidos, apenas a Rússia é capaz de produzir.
“Nunca, nem em território da União Soviética, nem tão pouco na Rússia, se levaram a cabo investigações que se chamaram ou tiveram como nome de código ‘Novitchok'”, disse Zakharova.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, quando acusou a Rússia de ser responsável pelo ataque ao ex-espião e à sua filha usou como argumento o gás utilizado no ataque, dizendo que era de autoria russa.
Zakharova disse que a origem do gás venenoso só será conhecida quando Theresa May e os especialistas britânicos que trabalham no caso entregarem a fórmula do agente químico.
Moscovo anunciou hoje a expulsão de 23 diplomatas britânicos e o fim das atividades do British Council na Rússia, na sequência da reação de Londres ao envenenamento no Reino Unido de um antigo espião russo e da filha.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, considerou hoje que as medidas de retaliação de Moscovo às sanções britânicas — que já tinha anunciado a expulsão de Londres de 23 diplomatas e o congelamento das relações bilaterais – não alteram “nada os factos” e a culpa da Rússia no envenenamento do ex-espião russo e da filha no Reino Unido.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, “no início da próxima semana” deve realizar-se um Conselho de Segurança Nacional.
O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, 66 anos, e a filha Yulia, 33, foram encontrados inconscientes no dia 04 de março, num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra, e estão hospitalizados em “estado crítico, mas estável”.
Dias depois, o chefe da polícia antiterrorista britânica, Mark Rowley, revelou que Skripal e a filha tinham sido vítimas de um ataque deliberado com um agente neurotóxico, um componente químico que ataca o sistema nervoso e que pode ser fatal.
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