“É um direito soberano da China, que está a reforçar o seu potencial militar e nós respeitamos isso”, afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, na habitual conferência de imprensa diária.
Peskov acrescentou que Moscovo faz a “necessária troca de informações” com Pequim, inclusive através dos departamentos militares de ambos os países.
O Ministério da Defesa chinês informou que o Exército de Libertação Popular (ELP) lançou um míssil balístico intercontinental nas águas do Oceano Pacífico às 08:44 (hora local) desta quarta-feira (01:44 em Lisboa), que carregava uma ogiva explosiva e que caiu na área prevista.
Com o lançamento, o primeiro do género a ser tornado público em mais de quatro décadas, o ELP procurou “testar o desempenho das suas armas e a eficácia do seu treino militar”, dois objetivos que foram alcançados, segundo a nota oficial.
Esta é a primeira vez em 44 anos que a China torna público um teste deste tipo. Já o fez antes, em 1980, quando um ‘DF-5’ descolou do centro de lançamento de Jiuquan, no norte do país, para voar mais de 9.000 quilómetros sobre o Pacífico Sul.
O lançamento coincide com as recentes tensões com Taiwan e no Mar do Sul da China, palco de confrontos cada vez mais frequentes entre navios chineses e filipinos, o que poderá potencialmente levar a um conflito entre Washington e Pequim, e após a última reunião do QUAD, a aliança militar e de segurança formada pelos Estados Unidos, Japão, Índia e Austrália, para fortalecer a sua cooperação no Indo-Pacífico.
O Governo do Japão manifestou hoje “séria preocupação” com o aumento das atividades militares de Pequim após o lançamento do míssil balístico intercontinental nas águas do Oceano Pacífico.
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