“A decisão está tomada”, declarou o presidente da câmara baixa do parlamento russo (Duma), Viatcheslav Volodine, após a votação que atribuiu 383 votos favoráveis à designação de Mishustin.
Na mesma votação na Duma, dominada por forças políticas favoráveis a Putin, nenhum voto contra foi registado e existiram 41 abstenções.
Antes da votação no hemiciclo, Mikhail Mishustin, que era até à data diretor da Autoridade Tributária Federal russa, discursou diante dos deputados e assumiu o compromisso que os russos irão beneficiar de “mudanças reais para melhor”.
Na intervenção, Mishustin destacou a sua missão como primeiro-ministro, “a justiça social”, garantindo que irá concentrar-se nas questões sociais e na melhoria dos padrões de vida dos russos.
“Temos todos os recursos necessários para cumprir as metas estabelecidas pelo Presidente”, afirmou.
“O Presidente quer que o executivo lidere o crescimento económico e ajude a criar postos de trabalho. O aumento dos rendimentos reais é uma prioridade para o governo”, prosseguiu Mishustin, acrescentando ainda estar aberto “a críticas construtivas”.
Após uma intervenção de cerca de 10 minutos, Mikhail Mishustin foi submetido a um período de perguntas por parte dos deputados da Duma.
A designação de Mikhail Mishustin surgiu na quarta-feira à tarde após a demissão de Dmitri Medvedev, que há oito anos assumia o cargo de primeiro-ministro russo.
Medvedev apresentou a sua demissão poucas horas depois de Vladimir Putin ter anunciado, durante um discurso sobre o Estado da Nação, reformas constitucionais.
No parlamento, Mikhail Mishustin não deu qualquer indicação sobre a futura composição do novo executivo russo.
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