“O Ministério da Defesa russo não dispõe de informações fiáveis sobre as ações das Forças Armadas norte-americanas na zona de distensão de Idlib […] relativas a uma enésima ‘morte'” de al-Baghdadi, afirmou num comunicado o porta-voz da Defesa russa, o general Igor Konashenkov.

O texto refere “pormenores contraditórios” que “suscitam questões legítimas e dúvidas sobre a realidade e, sobretudo, sobre o êxito dessa ‘operação’ norte-americana”.

A Rússia não foi informada da operação, afirmou, e apesar de ter uma base militar em Latakia, a cerca de 125 quilómetros de Idlib, não observou atividade aérea de aparelhos dos Estados Unidos na região.

O porta-voz disse ainda que as forças do regime sírio, apoiadas pela Rússia, derrotaram o Estado Islâmico, pelo que a morte de al-Baghdadi “não tem qualquer significado operacional para a situação na Síria ou para as ações dos terroristas que restam em Idlib”.

Konashenkov referiu por outro lado que o território naquela zona está sob controlo do ramo sírio da Al-Qaida, “grupo que sempre combateu o Estado Islâmico e matou os seus membros por considerá-los concorrentes pelo poder na Síria”.

Por essa razão, a presença de al-Baghdadi num território controlado pelos rivais deve ser demonstrada com “provas diretas” pelos Estados Unidos e por outros participantes na operação.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje a morte de Abu Bakr al-Baghdadi numa operação militar norte-americana realizada no sábado à noite em Idlib, no noroeste da Síria.

Donald Trump agradeceu na ocasião à Rússia, e também à Turquia, ao Iraque, à Síria e às milícias curdas da Síria.