Em Moscovo, junto aos Jardins de Alexandre, perto das muralhas do Kremlin, centenas de pessoas depositaram flores e velas numa das ações de luto pela tragédia.

Junto a um enorme cartaz com a palavra Kemerovo, a cidade onde ocorreu a tragédia, dezenas de ramos de flores foram colocados por muitas pessoas. A evocação da tragédia também foi assinalada em São Petersburgo, na cidade de Ujta (república de Komi, noroeste do país), na cidade ártica de Murmansk, no enclave de Kaliningrado (oeste), em Pskov, Veliki Novgorod e em muitos outros locais.

No entanto, a manifestação mais numerosa decorreu em Kemerovo, o local do incêndio que deflagrou num centro comercial e que provocou a morte de pelo menos 64 pessoas, incluindo 41 crianças.

“Queremos saber a verdade!”, “Morreu mais gente!”, “Demissão!”, gritaram alguns dos manifestantes, que responsabilizam as autoridades locais pela magnitude da tragédia, referiu a agência noticiosa Efe.

O Presidente russo Vladimir Putin, que hoje visitou a cidade, denunciou “negligência criminal” e prometeu punir os eventuais responsáveis pelo incêndio.

Putin, que decretou para quarta-feira um dia de luto nacional, depositou flores junto ao centro comercial “Zímniaya Vishnia” (Cereja de Inverno) devastado pelo incêndio, enquanto milhares de pessoas se concentravam na praça dos Sovietes, a mais importante da cidade, para exigir a demissão das autoridades locais e regionais.

A indignação popular aumenta à medida que vão sendo conhecidos detalhes da tragédia, cuja causa mais provável terá sido um curto-circuito.

Os investigadores consideraram que o sistema de alarme anti-incêndio do centro comercial estava desligado há vários dias, e que as portas dos dois cinemas situadas no quatro andar estavam bloqueadas no momento do sinistro.

Alexandr Bastrikin, presidente do Comité de Instrução da Rússia, a autoridade judicial do país, informou Putin que após ser declarado o incêndio, “a maior parte do pessoal do centro comercial fugiu, abandonando à sua sorte crianças e adultos”.

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