Em véspera da paralisação dos tripulantes de cabine de Portugal, Espanha, Itália e Bélgica, o responsável acrescentou à agência Lusa que todos os 50 mil passageiros afetados pelos cancelamentos previstos tiveram a sua situação resolvida, a “maioria dos quais por reagendamento de voos”.
No âmbito da greve, que em Itália dura apenas 24 horas, a Ryanair decidiu cancelar voos, um número que em Espanha deverá chegar aos 400 e na Bélgica e em Portugal a 200.
A companhia irlandesa de baixo custo estima que os cancelamentos possam envolver até 50 dos mais de 180 voos diários operados de e para Portugal (27%).
Jacobs informou ainda terem decorrido esta semana reuniões com os sindicatos de pilotos e de tripulantes de cabine, o que “mostra a seriedade das duas partes” e que mais encontros serão agendados brevemente “para evitar mais greves”.
O responsável voltou a lamentar os cancelamentos que ocorrem no pico do verão, quando “mais famílias se deslocam de férias para o Algarve ou Andaluzia” e garantiu que continuam a ser respeitados os limites máximos de horas de voo dos seus funcionários.
Os sindicatos europeus dos tripulantes de cabine decidiram avançar para a greve para reclamarem a aplicação das leis laborais dos seus países, e não a irlandesa, assim como o reconhecimento dos representantes sindicais e as mesmas condições para os trabalhadores subcontratados pelas agências Workforce e Crewlink.
Numa nota divulgada segunda-feira, em que dava conta da descida em 20% dos seus lucros, no primeiro trimestre fiscal (até 30 junho), para 319 milhões de euros, a Raynair avisou que as greves “desnecessárias” podem resultar em reduções da operação no inverno (entre outubro e março) e da frota, assim como no número de postos de trabalho.
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