“Todos os nossos 262 voos de e para aeroportos irlandeses estão a ser operados normalmente devido ao incrível esforço dos nossos pilotos e da nossa tripulação de cabine”, indica a empresa através da rede social Twitter.
Na publicação (feita pelas 16:30 em Lisboa), a Ryanair garante que não houve “mais impactos para os passageiros além dos 30 voos que foram cancelados na terça-feira” relativamente a hoje, já prevendo a paralisação.
“Sendo que a greve de hoje de 25% dos nossos pilotos não conseguiu atingir nada, esperamos que [esses profissionais] aceitem a nossa proposta de criar um grupo de trabalho para discutir, perceber e resolver os seus problemas”, adianta a companhia, aludindo ao documento apresentado na quarta-feira ao grupo que convocou a paralisação.
Na quarta-feira, a Ryanair sugeriu a este grupo de pilotos a criação de um grupo de trabalho para discutir as propostas feitas pela empresa sobre o reconhecimento, a antiguidade, as transferências de base e o novo sistema de férias anuais.
A Ryanair considera que estas soluções poderiam “chegar mais cedo”, se este grupo de pilotos tivesse respondido a “algum dos 21 pedidos de reunião” que a empresa fez e que só conseguiu ver aceite na quarta-feira.
A companhia aérea adianta na publicação mais recente que vai operar hoje, em toda a Europa, “mais de 2.300 voos, levando mais de 415 mil passageiros aos seus destinos”.
Um grupo de pilotos da Ryanair aprovou, no início de julho, uma greve de 24 horas para hoje, devido à falta de progressos nas negociações com a companhia aérea sobre as suas condições de trabalho.
A decisão foi adotada por "99%" dos pilotos contratados diretamente pela Ryanair, que são filiados na Associação dos Pilotos da Irish Airlines (IALPA), cerca de cem, segundo fontes deste grupo citadas, na altura, pela agência noticiosa Efe.
Após meses de negociações, a IALPA diz que a empresa não está a "levar a sério" as exigências dos pilotos e que não houve progressos suficientes em relação à melhoria salarial e condições de trabalho.
Na quarta-feira, a Ryanair já tinha estimado um impacto limitado desta greve, informando, contudo, sobre o cancelamento de 30 voos na Irlanda e no Reino Unido.
De acordo com a legislação em vigor, em caso de cancelamento ou atraso significativo, a Ryanair é obrigada a apresentar uma rota alternativa aos passageiros, a reorganizar a reserva para outra data ou a reembolsar o valor do bilhete.
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