Em comunicado, a companhia aérea irlandesa disse que, “uma vez que o Governo português não agiu”, “foi forçada a reduzir o número de aeronaves baseadas em Lisboa, de sete para quatro, para o verão 2022, provocando o cancelamento de 5.000 voos, 900.000 passageiros e de 19 rotas de Lisboa para o verão 2022”.

A Ryanair acrescentou também que aqueles cancelamentos vão levar à “perda de 150 empregos bem pagos”, no aeroporto de Humberto Delgado.

“Lamentamos este inconveniente desnecessário para todos os passageiros destes voos cancelados e a perda de 19 rotas devido ao bloqueio de ‘slots’ não utilizados pela TAP no verão de 202, em Lisboa”, apontou o presidente executivo, Michael O’Leary, citado na mesma nota.

A companhia aérea de baixo custo (‘low cost’) apelou duas vezes ao primeiro-ministro, António Costa, para que fossem libertados ‘slots’ (faixas horárias) não usados pela TAP até 04 de março, indicando que, se tal não acontecesse, teria de cancelar rotas.

“Os nossos últimos esforços para pedir ajuda ao primeiro-ministro, António Costa, resultaram num total de zero respostas”, lê-se no comunicado enviado hoje.

No entanto, a Ryanair disse que as três aeronaves e as 19 rotas perdidas irão regressar a Lisboa em outubro de 2022, para a programação de inverno, “uma vez que possui ‘slots’ suficientes no inverno” para aqueles voos.