Durante uma sessão de perguntas e respostas, em Roma, um dos presentes na plateia questionou Zuckerberg sobre se a ferramenta “iria mudar no futuro” e se os “utilizadores terão a possibilidade a ativar”, avança o Mashable.

O CEO do Facebook não fugiu à questão e respondeu de forma direta: “Sim, vai mudar. Já estamos a trabalhar nisso [no Safety Check]”.

A ferramenta da rede social, lançada em 2014, é ativada em situações de incidente grave ou catástrofe natural. O objetivo é permitir que os utilizadores do Facebook perto da zona do incidente possam assegurar aos seus amigos e familiares que estão a salvo.

Apesar de não ter sido específico relativamente ao modo de utilização, como vai funcionar ou quando vai ser lançada, falou sobre a importância e sobre o poder do Safety Check.

“Ao saber do terramoto, fiquei incrivelmente triste. A minha primeira reação foi constatar que precisamos de ajudar em tudo que o podermos”, disse Zuckerberg.

No seguimento do terramoto em Itália, que resultou em mais de 290 mortes, a ferramenta foi, nas palavras de Zuckerberg, “vital”. Aproximadamente metade dos utilizadores em Itália utilizaram o Safety Check para alertar 15 milhões de amigos e família em todo o mundo, segundo o Mashable.

Ainda assim, o Facebook continua a ser alvo de críticas por existir uma ambiguidade na determinação daquilo pode ou não, ser considerado uma emergência. 

Em março, a ativação do serviço durante um atentado no Paquistão chegou a utilizadores de vários países, em alguns casos descontextualizada. Não foram só os utilizadores que estavam no Paquistão, perto de Lahore, que receberam a notificação, de acordo com o SAPOTEK. Utilizadores de vários países, como EUA, Canadá, Nepal e até Portugal, receberam o alerta a perguntar se estariam em segurança.

“Infelizmente, muitas pessoas não afetadas pela crise [no Paquistão] receberam uma notificação a perguntar se estavam bem. Trabalhámos para resolver o problema e pedimos desculpa a todos os que receberam a notificação por engano”, explicou o Facebook numa resposta à publicação Quartz.

Se numa catástrofe, a par do que aconteceu em Itália, a ferramenta do Facebook demonstra números que revelam uma ajuda inegável, dar o controlo de ativação do Safety Check aos utilizadores pode apresentar um verdadeiro desafio, pois sem filtros e em situações de falso alarme a ferramenta pode funcionar no sentido oposto para qual foi desenhada.

Em Portugal esta funcionalidade foi acionada aquando dos incêndios que devastaram o norte do país e parte da ilha da Madeira.