Sem avançar pormenores, Santos Silva, que foi recebido hoje em Moscovo por Lavrov, limitou-se a indicar que, em relação ao cessar-fogo na Síria as posições são “convergentes”, lembrando que o Conselho de Segurança da ONU aprovou, sábado á noite, por unanimidade, um trégua por um período nunca inferior a 30 dias para permitir a abertura de “corredores humanitários”.
“Destacaria a troca de informações que me pareceu muito útil para ambas as partes sobre a Síria e o Médio Oriente, em que aí, ouvi mais as informações e as análises que foram transmitidas pelo ministro russo”, disse Santos Silva, contactado por telefone pela Lusa a partir de Lisboa.
O chefe da diplomacia portuguesa, que deixa hoje Moscovo de regresso a Lisboa, falava momentos após o terceiro encontro com Lavrov em menos de dois anos, indicando, também sem adiantar pormenores, que deu informações e análises ao chefe da diplomacia russa sobre a atual crise política, económica e social na Venezuela.
Os dois ministros, segundo Santos Silva, também passaram em revista o relacionamento da Rússia com a União Europeia (UE) e com a NATO, em que as duas partes “reafirmaram as suas posições, que são conhecidas”.
Nas discussões foram também discutidas as situações no Sahel (terrorismo islâmico sobretudo no Mali e Nigéria) e no norte de África (Líbia), mas Santos Silva nada mais adiantou.
“A troca de opinião, essas consultas políticas sobre temas em áreas geográficas e geoestratégicas que interessam a ambos os países, foi muito útil”, disse.
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