No ‘briefing’ diário para atualização da crise sismovulcância, a coordenadora das operações do CIVISA na ilha, Fátima Viveiros, indicou que, desde 19 de março, contabiliza-se um total de 28.467 abalos, dos quais 244 sentidos pela população.
Ainda segundo Fátima Viveiros, “desde as 00:00 e até às 10:00 de hoje foram registados 94 eventos", mas "nenhum deles sentidos pela população”, enquanto na quarta-feira "foram registados 86 eventos, um dos quais sentido”.
A responsável reiterou que este “ligeiro acréscimo” no número de sismos, já evidenciado “nos últimos dias”, faz parte das “flutuações” que se têm vindo a registar e que são próprias do tipo de crise que se regista em São Jorge.
Fátima Viveiros adiantou igualmente que foram registados, na quarta-feira, dois eventos sísmicos "no mar", situação para a qual o CIVISA está também atento.
"Sabemos que a mancha principal de localização epicentral está localizada em terra, nas áreas já definidas. Mas, estamos atentos a estes eventos também registados no mar e é um foco da nossa atenção também", assinalou.
De acordo com o CIVISA, a maioria dos sismos registados até ao momento é de baixa magnitude e evidencia uma origem de natureza tectónica.
Os últimos registos do trabalho de campo, segundo o CIVISA, "continuam a não revelar variações significativas nas componentes geoquímicas de gases, nem da deformação crostal".
A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.
Desde o início da crise sismovulcânica em São Jorge, o sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
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