Graças Freitas falava durante uma audição na Comissão de Saúde sobre o surto do sarampo e a vacinação, solicitada pelo PS e pelo PCP, durante a qual indicou que os infetados no presente surto – que já atingiu 86 pessoas – “desenvolveram uma forma modificada da doença e não transmitem”.
“O que estamos a assistir é uma forma de sarampo modificada. O estado imunitário das pessoas é que modificou e não o vírus”, sublinhou Graças Freitas.
A especialista em saúde pública adiantou que “o surto atual de sarampo é diferente daquele que atingiu Portugal no ano passado”, não se conhecendo, para já, qual o caso zero.
“Temos três possíveis linhagens de caso zero”, referiu, acrescentando que as investigações ainda decorrem.
Sobre as diferenças entre o atual surto e os dois que atingiram Portugal no ano passado, Graça Freitas referiu que o atual “só atinge adultos jovens”.
Entre os infetados, 80% estavam vacinados com duas doses. “Estavam, portanto, completamente e muito bem vacinados”, disse.
Relativamente à alegada necessidade de mais uma dose de vacina contra o sarampo, como questionaram alguns deputados da Comissão de Saúde, Graça Freiras disse estar certa de que, “neste momento, está muita gente a pensar em fazer mais um reforço contra o sarampo”.
No entanto, “até agora não há evidência científica de que isto deva ser feito”, frisou.
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