António Teixeira, que falava no aeroporto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na sequência do batismo da aeronave A321neo da Azores Airlines, que já está operacional desde abril, referiu que, “normalmente para os aviões que se está a comprar, através de leasing, são necessárias sete tripulações para operar cada um destes aparelhos”.
Sendo todos os aviões da frota de “características muito similares”, permitem uma “melhor coordenação das tripulações e uma maior eficiência em termos de substituições e de todo o plano de exploração do próximo ano”, de acordo com o responsável da empresa.
As tripulações a contratar vão fazer face às “necessidades prementes”, sendo este um processo que “leva algum tempo” e para avançar em 2019, visando “consolidar a estratégia e as rotas” da SATA.
Questionado sobre eventuais despedimentos no grupo SATA - que registou no segundo trimestre deste ano, um prejuízo de mais de 38 mil euros, tendo a operação da SATA Internacional tido perdas de 28 milhões de euros - António Teixeira referiu que “nenhuma medida está estudada nem analisada, indo-se, numa primeira fase, analisar quais os trabalhadores que podem “ser reenquadrados dentro da empresa e em que outras funções existe alguma procura”.
O grupo SATA vai analisar ainda quantos trabalhadores estão em condições de avançar para a reforma, havendo que ter em conta as alterações das regras de aposentação que serão introduzidas com o Orçamento do Estado de 2019.
Sobre o processo de alienação de 49,9% do capital social da Azores Airlines, o presidente do grupo SATA afirmou que a proposta apresentada pela transportadora islandesa Loftleiðir Icelandic “está a ser analisada” e que já esteve em conversações com a empresa que está a preparar o parecer jurídico, cuja versão final vai ser recebida durante a atual ou próxima semana para se decidir os próximos passos a dar.
António Teixeira adiantou que o grupo SATA está a ser alvo de uma reestruturação financeira que deverá começar ainda este mês, até meados de novembro, com recurso a um financiamento que está a ser negociado com a banca e irá tornar a empresa “mais eficiente”.
Na cerimónia de batismo da aeronave A321neo da Azores Airlines, a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas afirmou que a entrada destas aeronaves com essas características está a dotar de eficiência operacional a empresa, uma vez que permitem baixar consumos de combustível e emissões de carbono, a par de uma maior flexibilidade de gestão de frota.
Ana Cunha exemplificou que, no primeiro semestre de 2018, o consumo (em quilos de combustível gastos) do A321neo “foi inferior ao A320 em 6%, ao A310 em 49% e ao A330 em 54%”.
Hoje, o grupo SATA despediu-se do A310 que tinha ao serviço, que esteve operacional 19 anos.
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