"Haverá com certeza subida de preços imediatos em alguns produtos e vai haver falta de rendimento para quem os produz", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Falando a propósito do Conselho Consultivo de Entre Douro e Minho da CAP, que hoje se realizou em Marco de Canaveses, no distrito do Porto, o dirigente referiu que a situação de seca em Portugal é a mais grave de sempre e que isso tem sido muito complicado para a agricultura.
Na reunião de hoje, realizada no auditório municipal, participaram dirigentes associativos regionais que debateram temas ligados a um setor da economia que enfrenta em 2017, nas culturas de outono/inverno, perdas médias de 25%, no conjunto do país. Segundo a CAP, nas regiões do Alentejo e interior norte, as perdas podem chegar aos 100%.
"O que existe é a certeza de que os custos de produção são completamente diferentes. A dúvida está instalada, a apreensão está instalada e isso é uma situação que não sabemos como se poderá resolver", admitiu Eduardo Sousa.
A situação, alertou ainda, poderá agravar-se em 2018, se a falta de chuva persistir até ao final de dezembro.
"Isto cruzado com as medidas da Política Agrícola Comum, já ao nível dos regulamentos comunitários, leva as pessoas a não saberem como lidar com esta situação", concluiu.
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